O dualismo separou algo primordial para a vida: o cotidiano do relacionamento com Cristo.
Quanto tempo gastamos organizando nossas caixas mentais com as “coisas de Deus” e as “coisas do mundo”, quando, na verdade, todas as coisas deveriam ser totalmente dedicadas a Ele?
A dualidade cria uma cosmovisão que parece cristã – pois fala como tal, se veste da mesma maneira e até ouve as mesmas músicas. Contudo, tem o potencial de deturpar as verdades das escrituras sobre a criação e seu Criador.
Meu objetivo não é falar sobre a história da arte, nem dar exemplos de arte sacra ou sua importância na história; é algo muito mais simples e é o mesmo que o seu (ou pelo menos deveria): cumprir a grande comissão.
Esse é o nosso propósito.
Agora, de que forma faremos isso? Essa parte Deus cuidou para nós. Ele nos deu o seu Espírito para que expressemos, das mais variadas formas, sua bondade e misericórdia, e a arte é uma delas. Que expressão humana pode emocionar, ensinar, inspirar, memorar?
Porém, não foi satanás – como alguns diriam – que a deturpou, fomos nós.
Quando caímos, novamente, o dividir, traçar linhas ou criar melodias, tornaram-se para nós. Aquilo que, além de adorar ao Santíssimo, serve para falar da redenção, agora é o objeto da adoração.
No fim, estamos repetindo o quanto queremos ser também notados, escutados pelo o que “nós” fazemos, e isso resume bem a visão dualista: o que “Ele criou” e o que “eu criei”.
No entanto, Deus em toda a sua majestade – verdadeira beleza – nos resgatou. Ele primeiro nos amou.
Nossa saída de uma visão de mundo dualista é o reconhecimento do seu Senhorio, pelo o qual nos faz livres para viver (de verdade).
Só há vida na soberana vontade do Senhor.
Por isso, nele vivemos e compreendemos tudo o que somos, fazemos e pensamos.
Entregar tudo ao Pai é amar, porque Ele nos amou, completamente. Somente em Cristo há vida. Somente em Cristo há arte!
